
Entre mim e os mortos há o mar: os motivos marítimos e a guerra em Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Murilo Mendes
2021; Issue: 19 Linguagem: Português
10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2021.186360
ISSN2525-8133
Autores Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoEste artigo pretende analisar as imagens marítimas mobilizadas na abordagem da guerra nas obras de Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Murilo Mendes. Embora essa amálgama percorra grande parte da obra dos poetas, ela é concentrada ao longo da década de 1940 em A rosa do povo, Mar absoluto e outros poemas, As metamorfoses e Poesia liberdade. Nos três casos, o mar é operado como símbolo de instabilidade e fúria e, parte dessa imagem, denota seu vínculo com a violência da guerra. Além disso, o mar indica, em alguns poemas, a distância dos conflitos, é ele expressão do intervalo espacial entre os sujeitos poéticos e o front. Nesse sentido, o tema da comunicação, ou da obliteração da comunicação, é também central na análise.
Referência(s)