
ESCORREGAMENTOS EM ENCOSTAS FLORESTADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MÃE LUZIA, TREVISO – SANTA CATARINA, BRASIL
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 23; Issue: 86 Linguagem: Português
10.14393/rcg238658387
ISSN1678-6343
AutoresWilliam de Oliveira Sant Ana, Álvaro José Back, Gean Paulo Michel, Nilzo Ivo Ladwig, Danrlei De Conto, Mauro dos Santos Zavarize,
Tópico(s)Environmental and biological studies
ResumoO estado de Santa Catarina apresenta vasto histórico de movimentos de massa, especialmente escorregamentos translacionais rasos. A Bacia Hidrográfica do rio Mãe Luzia, localizada no município de Treviso, drena 22,39 km2 da escarpa do Planalto Sul Brasileiro, e possui registros de escorregamentos em encostas florestadas. O objetivo consistiu em relacionar movimentos de massa com práticas agropastoris pretéritas e ocorrência de incêndio na área de estudo. Para isso, foi pesquisada a relação da floresta com o ciclo d’água, sistema radicular e estabilização de encostas, bem como superfícies de solo-repelência, formadas a partir de incêndios florestais. A partir de fotografias aéreas de 1957, foi possível correlacionar espaço-temporalmente os movimentos de massa com práticas antrópicas do passado. Como resultado, foram interpretadas 337 cicatrizes de escorregamentos, em sua maioria sobre a classe de vegetação em estágio sucessional avançado, que haviam, entretanto, passado por corte seletivo de árvores e incêndio florestal. Concluiu-se que as práticas de uso do solo desenvolvidas de maneira intensiva, contribuíram para supressão de árvores de grande porte, o que em teoria, ancoraria o solo e auxiliaria na sua estabilização. Assim, áreas florestadas que sofreram interferência antrópica têm menor eficácia para conter movimentos de massa, embora contribuam para diminuir sua frequência.
Referência(s)