Artigo Acesso aberto Revisado por pares

COMO UM COMPASSO. O CONSELHEIRO AIRES E A FORMA LIVRO EM MACHADO DE ASSIS

2022; Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Volume: 15; Linguagem: Português

10.1590/1983-68212022151

ISSN

1983-6821

Autores

Ariadne Nunes, Dilson Ferreira da Cruz Júnior,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Resumo Os dois últimos romances machadianos distinguem-se por terem um autor ficcional comum, o Conselheiro Aires. Obedecem, no entanto, a uma forma literária diferente: Esaú e Jacó, ao romance, sendo a narração atribuída a um narrador omnisciente, em terceira pessoa; Memorial de Aires, ao diário, narrativa em nome próprio e que se mostra em curso de escrita. Apesar da diferença de forma narrativa, é possível reconhecer-lhes características comuns. Neste texto, discutirei o modo como a forma livro é tratada nestes romances finais de Machado de Assis, defendendo, a este propósito, ser possível delimitar um projecto literário próprio do Conselheiro Aires, identificável e isolável no universo da poética machadiana.

Referência(s)