
Múltiplos do Cativeiro: Casamento, compadrio e experiência comunitária numa propriedade escrava no Grão-Pará (1840-1870)
2014; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Issue: 50 Linguagem: Português
10.1590/0002-05912014v50dan93
ISSN1981-1411
Autores Tópico(s)History of Medicine and Tropical Health
ResumoEste artigo tem como objetivo ajudar a matizar a compreensão em torno da família escrava no Grão-Pará oitocentista, a partir da análise das práticas de casamento e de compadrio da escravaria do Engenho Bom Intento. A propriedade do português Joaquim Antônio da Silva, situada no Distrito de Bujaru, na Comarca de Belém, destacava-se por toda a sua importância econômica local e grande plantel, composto por mais de 150 cativos no limiar da década de 1860. Procura-se delinear as tendências de casamento e de compadrio desse grupo - confrontando-as com os padrões de comportamento apresentados pela população escrava de Belém -, assim como, evidenciar a atuação conjunta do casamento e do compadrio na conformação de uma comunidade escrava que extrapolava os próprios limites do cativeiro, compreendendo escravos de outras propriedades e, ainda, os forros e diversos outros segmentos da população livre da região.
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