
EDITORIAL
2020; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português
10.4025/geoinga.v12i2.57049
ISSN2175-862X
AutoresÂngela Maria Endlich, Pedro Henrique Carnevalli Fernandes,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoCaríssimos(as) leitores(as). A Geoingá: Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PGE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) apresenta a publicação do segundo número do 12º volume. Com essa publicação, a revista encerra este ano, que embora tão conturbado teve a conquista de implantação do DOI em suas publicações. Neste número temos oito artigos, além da entrevista. No primeiro artigo, Silva e Ludka enfatizam o turismo pedagógico como ferramenta para o Ensino de Geografia, tendo como cenário o Santuário de São Miguel Arcanjo no município de Bandeirantes, estado do Paraná. Para as autoras, o turismo pedagógico se tornou uma importante ferramenta no Ensino da Geografia para estudar e compreender os fenômenos sociais, culturais que ocorrem no espaço e que transformam a paisagem. Santos e Rocha, no segundo artigo, debatem o fluxo de mobilidade escolar do Aglomerado Urbano de Maringá e a sua articulação com as principais Políticas Públicas Educacionais. Os autores consideram que os principais estímulos à mobilidade escolar são as Políticas Públicas Educacionais que proporcionam o ingresso de jovens e adultos à rede superior de ensino. Na sequência, Soares e Ferreira, apresentam aspectos biogeográficos relacionados à vegetação arbórea nas vias públicas no município de Maringá-PR, a partir de uma escala temporal entre os anos de 1940 e 2015. Segundo os autores, o processo de arborização viária de Maringá, a partir do plantio original no Plano Piloto, seguiu a dimensão estética da floração e passou a priorizar o aspecto do sombreamento, amenizar a temperatura e oportunizar qualidade de vida no ambiente urbano aos seus citadinos. O quarto artigo, de Eduvirgem, Parolin e Villwock, apresenta a aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e o Índice de Vegetação ajustado ao Solo (SAVI), no Parque Estadual de Vila Velha, localizado no município de Ponta Grossa, Paraná. Assim, os autores avaliaram a cobertura vegetal, com a finalidade de verificar se houve degradação da vegetação, regeneração ou mesmo nenhuma alteração com base em imagens Lansat correspondentes a julho de 2007, 2013 e 2019. Com os resultados, os autores do artigo recomendam que as avaliações espaciais sejam continuadas para verificação das alterações e do desenvolvimento da vegetação, tanto do estrato herbáceo quanto dos estratos superiores. Em seguida, Albertin, Silva e Viotto avaliaram o aterro sanitário da cidade de Sarandi-PR, a fim de apontar potencialidades e fragilidades. Segundo os autores, até meados do ano de 2006 a cidade de Sarandi-PR depositava seus resíduos sólidos urbanos em um lixão a céu aberto, então, no ano de 2008, deu-se início a um projeto para a instalação de um Aterro Sanitário no município, de responsabilidade de uma empresa privada. Já Bertolino e Bortolo, no sexto artigo, refletem acerca da mobilidade urbana na vertente das calçadas como espaços de uso público a partir de uma análise de determinados locais na cidade de Montes Claros-MG. Nas observações empíricas, os autores constataram que muitos espaços não obedecem às normas e aos critérios municipais e federais no que se refere à calçada corretamente construída. O sétimo artigo, Viceli demonstra as dinâmicas geoeconômicas da cadeia produtiva do suco de laranja na Mesorregião do Norte Pioneiro do Paraná e a sua relação com o capital de crédito oriundo do Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os resultados apontam, segundo o autor, para novas dinâmicas geoeconômicas na região a partir da implantação da planta industrial de processamento de suco de laranja da Cooperativa Integrada em Uraí e a dinamização de demais elementos da referida cadeia no Norte Pioneiro e em outras localidades do Paraná e do Estado de São Paulo. Por fim, Schmitt, busca identificar os principais conteúdos de Geografia em que a Educação Ambiental é trabalhada nas Escolas do Campo pertencentes ao Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão. Segundo a autora, não se pode pensar em mudar a Escola do Campo apenas teoricamente no Projeto Político Pedagógico, mas tanto a escola como o professor precisam ter clareza na opção político-pedagógica que referencia os seus saberes e práticas educativas. Logo, Schmitt entende que a formação política pedagógica do professor se apresenta em sua intencionalidade e finalidade e é o que caracteriza decisivamente sua práxis. A seção Conversa na sala do café chega à sétima entrevista. Nesta edição, o Prof. Dr. Pedro Henrique Carnevalli Fernandes entrevistou a Profa. Dra. Jaqueline Telma Vercezi, docente do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina (UEL), estudiosa da temática metropolitana. Desejamos que este número da Revista Geoingá promova inquietações e reflexões acerca do espaço geográfico e, de modo geral, sobre a condição em que nos encontramos quando esta edição é publicada. Boa leitura! Cuidem-se! Maringá (PR), 11 de dezembro de 2020.
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