
Apresentação
2011; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português
10.15448/1980-3729.2011.1.8789
ISSN1980-3729
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO lamentável e triste episódio do massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, neste fatídico abril de 2011, praticado por um jovem de 23 anos contra adolescentes de 13 e 14 anos de idade, veio confirmar aquilo que se tornou um clichê: estamos na era das imagens, na cultura das imagens, no mundo das imagens, em que tudo se filma, tudo se vê e quase escapa à compreensão ou à racionalidade. A entrevista que apresentamos, nesta edição da Revista Famecos faz parte do dossiê “Cinema, televisão e história: perspectivas teóricas e empíricas”, com Jacques Aumont, sobre “a civilização das imagens”, pode ajudar a compreender um pouco este universo de sedução, inovação tecnológica permanente e silêncio diante do inominável. Enquanto alguns anunciam a morte da crítica de cinema e até o fim da hegemonia da televisão, com o crescimento incessante da internet, o que se vê, com formatos e suportes diversos, é o apogeu virótico da imagem, essa imagem que fez os mitos do cinema e da democracia dos Estados Unidos da América, como se verá no texto de Eduardo Morettin, que perpassa o imaginário da propaganda política, conforme se pode constatar na leitura do artigo de Adolpho Queiroz e Rose Mara Vidal de Souza, formatando identidades nas telas e nas vidas, o que aparece na análise de Paula Regina Puhl e Cristina Ennes da Silva. A Revista Famecos vira o jogo e pensa também a mídia, para além das imagens, com “Narrativas pessoais midiatizadas: uma proposta para o estudo de práticas orientadas pela mídia”, de Ana Carolina Escosteguy, “Políticas do sofrimento e as narrativas midiáticas de catástrofes naturais”, de Paulo Vaz e Gaelle Rolny, “Análise indireta de enquadramentos da mídia: uma alternativa metodológica para a identificação de frames culturais”, de Ana Carolina Vimieiro e Rousiley Celi Moreira Maia, “A questão do espaço na ficção midiática”, de Marcelo Bulhões, “Visões do lector in fabula: teorias da interpretação, da recepção e do consumo midiático”, de Sebastião Guilherme Albano da Costa, e “Novos negócios fonográficos no Brasil e a intermediação do mercado digital de música”, de Leonardo De Marchi, Luis Alfonso Albornoz e Micael Herschmann. Imagens para todos. Boa leitura!
Referência(s)