Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estimativa do intervalo postmortem por análise de imagens tomográfi cas das hipóstases viscerais torácicas

2013; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 18; Issue: 2 Linguagem: Português

10.11606/issn.2317-2770.v18i2p173

ISSN

2317-2770

Autores

Talita Zerbini,

Tópico(s)

Autopsy Techniques and Outcomes

Resumo

<p>Em casos de investigação criminal, a determinação do tempo de morte pode inocentar ou culpar algum suspeito. Atualmente, os estudos publicados relacionados ao advento da autópsia virtual não consideram a possibilidade da utilização dos exames complementares de imagem como auxílio à estimativa do intervalo <em>postmortem</em>, sendo esta uma das principais motivações para a realização do presente estudo, já que a tomografi a computadorizada é excelente método de medida de densidade. Diante desse cenário, o objetivo do trabalho foi aprimorar a estimativa do intervalo <em>postmortem </em>por meio da avaliação tomográfi ca das hipóstases viscerais torácicas. Foi realizado estudo prospectivo observacional com dados obtidos de 23 corpos de pacientes de ambos os sexos que foram encaminhados ao Serviço de Verifi cação de óbitos da Capital São Paulo. Foram obtidos cortes tomográfi cos do segmento torácico de modo sequencial utilizando-se o tomógrafo SOMATOM® Emotion syngo CT 2012E, com intervalo de uma hora entre os exames, a fi m de permitir a análise das modificações de densidade das hipóstases ao longo do tempo. Na janela de mediastino, foram selecionados os átrios direito e esquerdo para obtenção das medidas de densidade tecidual média. Foi possível concluir que a maioria das hipóstases pulmonares se estabiliza entre 8 e 12 horas e as hipóstases intracardíacas em torno de 12 horas. Além disso, o modelo estatístico de Mitscherlich pode ser utilizado para descrever o comportamento da hipóstase em função do intervalo de morte decorrido.</p>

Referência(s)