Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Incidência de nefropatia diabética tipo 1 e tipo 2 em pacientes internados em clínica médico-cirúrgica: subsídios para elaboração de um protocolo de assistência de enfermagem / Incidence of type 1 and type 2 diabetic nephropathy in patients admitted to a medical-surgical clinic: subsidies for the elaboration of a nursing care protocol

2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 4; Issue: 3 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv4n3-241

ISSN

2595-6825

Autores

Heloisa Sedano Carneiro, Luciana Soares Costa Santos, Ana Carolina Germano Da Silva,

Tópico(s)

Healthcare during COVID-19 Pandemic

Resumo

Objetivo: Avaliar a incidência de nefropatia diabética em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 em unidades de internação clínica e cirúrgica. Elaborar um protocolo de assistência de enfermagem para pacientes com nefropatia diabética tipo 1 e 2. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de corte transversal e com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada nas unidades de Internação clínica e cirúrgica de um hospital de ensino na zona central do município de São Paulo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da ISCMSP, atendendo a resolução 466/2012, registrado sob nº CAAE 20709219.9.0000.5479. Resultados: A amostra foi composta por 27 pacientes, com idade média foi de 62,2 anos, predomínio de mulheres (74,0 %), negras (40,7 %), solteiras (40,7 %), do lar (55,6%), católicas (51,8 %), procedente da região sudeste, da cidade de São Paulo (44,4%), com predomínio do DM tipo 2 (88,9 %), com tempo médio de diagnóstico da doença de 144 meses, HAS e outras cardiopatias como IAM e IC, 85,2%, com antecedentes familiares de DM 44,4%, em uso de insulina como tratamento do DM (85,1%), com tempo médio de uso de insulina de 52 meses. Já para os hipoglicemiantes orais a média foi de 81,6 meses, que não internaram por descompensação diabética (74%), sem complicações decorrentes do DM (66,7%), que reconhecem os sinais e sintomas da doença quando descompensada (70,4%) e que tem conhecimento sobre as complicações da doença (51,9%). Observa-se um perfil de pacientes que não usam insulina (37%), os que usam fazem rodízio nos locais de aplicação (48,1%) e tem uma média de UI aplicadas de 4,4, com DP ±8,4. Em relação à avaliação renal na admissão do paciente, os pacientes tinham uma média de 1,27 mg/dL para creatinina, 49,2 para ureia mg/dL e 321,5 mL de volume urinário 24 horas. No dia da coleta de dados, média de 1,21 mg/dL de creatinina, 55,7 de uréia mg/dL e 215,5 mL de volume urinário. O desfecho de alteração da função renal mostra que 85,2% (n=23) dos pacientes não apresentaram disfunção renal e 14,8% (n=4) apresentaram alterações (LRA, DRC e ttansplantes). Conclusão: o DM é um problema de saúde relevante, o qual está associado a fatores demográficos, como idade avançada e outras condições de saúde, como a HAS, somando-se a isso, as complicações renais irreversíveis que o DM pode desencadear. Tais condições levam a uma condição de controle de saúde e da qualidade de vida dos pacientes comprometidas pelo DM descontrolado, desconhecimento da forma de controle e eficácia do tratamento além dos desfechos diante das complicações, do impacto emocional que podem ser observados. A proposta de intervenção pode ser de acesso a todos os pacientes de forma a prevenir o agravo do DM e enfrentamento da doença.

Referência(s)