Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Formação de professores e reformas curriculares: entre projeções e normatividade

2019; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 25; Linguagem: Português

10.26512/lc.v25i0.26200

ISSN

1981-0431

Autores

Geniana dos Santos, Verônica Borges, Alice Casimiro Lopes,

Tópico(s)

Education and Digital Technologies

Resumo

Neste texto, objetivamos desestabilizar a significação essencializada para a identidade do/da professor/a, bem como questionar a responsabilização/culpabilização docente pelos resultados da escolarização nas políticas para a formação de professores. Recorremos à teoria do discurso (TD), de Laclau & Mouffe, e à perspectiva discursiva das políticas curriculares, desenvolvida por Lopes & Macedo no Brasil. Defendemos que os projetos de futuro para a formação de professores, em um cenário delineado pela crise educacional e pelo risco à democracia, vêm produzindo sentidos horríficos e beatíficos no âmbito das políticas educacionais. As matrizes de substituição da ordem e do reconhecimento, ou seja, na ordem da economia, quer seja da família, da escola, da justiça, precipitam, na radical contingência, que a decisão seja assumida pelos sujeitos menos pelo rationale que possa comportar e mais pela radical indecidibilidade constitutiva da responsabilidade – marcada pela ausência de certezas e pela urgência da decisão/autoria.

Referência(s)