O TERRITÓRIO SAGRADO PANKARARÉ NA CIÊNCIA DO AMARO
2019; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português
10.22276/ethnoscientia.v4i1.212
ISSN2448-1998
AutoresAlzení De Freitas Tomáz, Juracy Marques,
Tópico(s)Indigenous Health and Education
Resumo<p>Os Pankararé, situados no Raso da Catarina, Bahia, na região do Semiárido brasileiro, constituem uma das etnias mais antigas do Rio São Francisco e foram chamados em tempo pretéritos de índios dos Currais dos Bois. A pesquisa com bases etnográficas e cartografia social, técnicas de geoprocessamento, iconografias e fotografias, investigou o território sagrado composto por valores simbólicos na “ciência do índio” por meio da dança do Toré, do ritual dos Praiás e da Mesa da Ciência, os quais constituem elementos simbólicos da etnicidade Pankararé e sustentam a capacidade de resistência na luta pelo território, sob a negligência do Estado que mantém a presença de posseiros no território indígena sob pretexto que estes, já “assimilados”, não poderiam ter terras demarcadas. Uma das razões estava associada à criação da Estação Ecológica do Raso da Catarina, bem como a manutenção de sistemas agrários duvidosos. A dívida histórica do Estado para com os Pankararé remete ao problema da desintrusão de não indígenas, à ampliação do território e autorização para o acesso a lugares sagrados, como mecanismo de manutenção de uma memória holística, identidade e tradições Pankararé.</p>
Referência(s)