Artigo Acesso aberto

A crônica e a casa assassinada: o discurso da feminilidade freudiana em lúcio cardoso

2021; Linguagem: Português

10.37118/ijdr.21858.05.2021

ISSN

2230-9926

Tópico(s)

Gender, Sexuality, and Education

Resumo

O presente artigo tem por objetivo realizar uma leitura com base na perspectiva psicanalítica, centrada na Teoria da Feminilidade de Sigmund Freud, do longa-metragem A casa assassinada (1971), dirigido pelo cineasta Paulo César Saraceni, uma vez que este é baseado no romance de Lúcio Cardoso, Crônica da casa assassinada (1959). A análise busca a elucidação da personagem Nina, tendo em vista que esta ocupa lugar central na narrativa e apresenta traços que corroboram para a teoria freudiana. Posteriormente, será esboçada uma breve relação entre cinema e psicanálise, no que diz respeito a interlocução entre ambos na área de estudos psicanalíticos. No entanto, antes de fazermos esta relação entre cinema e psicanálise, em diálogo com o romance Crônica da casa assassinada, desenvolveremos uma breve análise de dois pontos que consideramos ser determinantes para que, de fato, ocorra o processo de feminilidade na narrativa: os múltiplos pontos de vista dos narradores e, principalmente, o alto grau de representatividade no romance. Também, abordaremos como ocorrera o processo de evolução estilística na composição literária cardosiana até que o autor chegasse a produção de sua obra-prima Crônica da casa assassinada.

Referência(s)