O NASCIMENTO DE UM SUPER-HOMEM - LINGUAGEM E SUBJETIVIDADE EM “MEU AMIGO NIETZSCHE" DOI:10.5216/lep.v17i2.30485
2014; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 17; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5216/lep.v17i2.30485
ISSN2358-1042
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoNa produção textual que então apresentamos, a proposta é fazer convergir os entendimentos sobre linguagem e subjetividade nos pensamentos de Michel Foucault e Friedrich Nietzsche a partir da análise do curta-metragem “Meu amigo Nietzsche”, dirigido pelo cineasta Fáuston da Silva em 2012. Nesse encontro das teorias foucaultiana e nietzschiana, considerando a descontinuidade da história e a composição dos sujeitos no seu interior, nos pomos a problematizar as formas de linguagem e subjetividade que são evidenciadas na produção fílmica que roteiriza o insucesso escolar de um menino da periferia de Brasília que conhece Zaratrustra, quase fortuitamente, no lixão, e transmuta o seu fracasso em vontade de potência. O encontro com a linguagem do livro de Nietzsche em meio às práticas discursivas e sociais que regimentam sua vida faz com que o menino Lucas passe a produzir invenções de si mesmo, desembocando novas formas de subjetividade, fazendo nascer um Super-Homem em uma relação propriamente ética de cuidado e de governo de si. É importante acrescentar que, partindo das reflexões em torno das obras de Foucault e de Nietzsche e pensando os atravessamentos discursivos da materialidade fílmica que também nos constitui, este texto se torna agenciador do conhecimento de nós mesmos e dos nossos posicionamentos na (e com a) vida, todo dia.
Referência(s)