Helena: a angústia do Real
2018; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Issue: 32 Linguagem: Português
10.5752/p.2358-3231.2018v0n32p44-54
ISSN2358-3231
AutoresNatalino da Silva de Oliveira,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoHá um costume na crítica machadiana de abordar o romance Helena sob a égide do Romantismo por características que estão presentes no livro. Contudo, o objetivo deste artigo é buscar uma visão distinta e abordar o romance machadiano pelo viés de um Realismo Dissimulado relendo-o como uma expressão realista alternativa. Partindo desta experiência, a pesquisa refletirá o fenômeno da voz no romance machadiano, aliando assim Realismo e estudo do discurso, do poder do discurso, do poder de fala. O caminho seguido então apresentará elementos do Realismo que abordam os silenciamentos presentes na sociedade brasileira do século XIX e o uso do recurso da dissimulação pelos subalternizados. Seguindo Ranciére, o realismo dissimulado se posiciona como um realismo possível, um realismo que se busca encontrar nas elucubrações e não se constrói sob o arrimo de uma mimese representativa que objetiva a produção de um efeito de real, mas sim na utopia de produção de um efeito no real
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