Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Emuna e pistis: a noção de fé no pensamento de Martin Buber

2017; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 15; Issue: 45 Linguagem: Português

10.5752/p.2175-5841.2017v15n45p134

ISSN

2175-5841

Autores

Newton Aquiles von Zuben,

Tópico(s)

Philosophy and Historical Thought

Resumo

<p> paradigma estabelecido pela dualidade de “palavras-princípio” (<em>Grundwort</em>) Eu-Tu e Eu-Isso, a intuição axial do pensamento dialógico de Martin Buber se constitui como pedra angular de sua obra sobre religião: a dupla disposição de um homem-Eu e de Deus-Tu fundada num encontro recíproco. A fé – <em>Glauben </em>- é a resposta do homem a Deus, no encontro no qual Ele se mostra pela Palavra como Tu Eterno na revelação como mistério de Presença. Buber propõe duas maneiras opostas de crer: de um lado, a <em>Emunah</em>, como confiança pessoal ou abandono confiante de um povo, Israel, que se deixa guiar por Deus e, de outro lado, a <em>Pistis</em>, a qual, segundo o apóstolo Paulo, é a adesão individual a um conteúdo de fé, de um <em>credo</em> tido por verdadeiro. Os dois modos de crer, embora haja diversidade nos conteúdos de fé, podem ser apreendidos a partir de experiências vividas: tenho confiança em alguém e reconheço um fato como verdadeiro. Para tais experiências, não se consegue “dar razão” ou justificá-las. O objetivo desta comunicação é apresentar, de maneira sucinta, o pensamento de Martin Buber sobre essa questão que pode ilustrar o seu entendimento das relações entre o Cristianismo helenista e o Judaísmo. </p><p>Palavras-chave: <em>Emunah</em>; <em>Pistis</em>; Fé; Martin Buber.</p>

Referência(s)