Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Comportamento sexual e infecções sexualmente transmissíveis em mulheres que fazem sexo com mulheres no Brasil/ Sexual behavior and sexually transmited infections in women who have sex with women in Brazil

2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv4n1-219

ISSN

2595-6825

Autores

Gabriela de Queiroz Fontes, Aline Rocha Aguiar, Amanda Silvestre Santos Gonçalves, Juliana Pereira de Lucena Menezes, Vitória Teles Apolônio Santos, Rodrigo Almeida Santiago de Araújo, Júlia Maria Gonçalves Dias,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

INTRODUÇÃO: O padrão heteronormativo da sociedade acarreta dificuldade de acesso à saúde para população não-heterossexual, especialmente mulheres lésbicas e bissexuais. Além de maior prevalência em diversas doenças, a prática sexual sem método preventivo adequado ocasiona um maior risco de desenvolver infecções sexualmente transmissíveis. OBJETIVO: Identificar o comportamento sexual e o perfil epidemiológico de mulheres que fazem sexo com mulheres no Brasil. MÉTODOS: Trata-se de estudo observacional, descritivo, com dados coletados através de questionário próprio, contendo variáveis epidemiológicas e comportamentais. O estudo contou com a participação de 454 mulheres que preencheram todos os critérios de inclusão. RESULTADOS: Das 454 participantes, a maioria eram bissexuais (60%), com idade média de 23,7 anos, solteiras com parceiro (a) fixo (a) (48,35%), possuíam ensino superior incompleto (56,04%) e não seguiam nenhuma religião (71,6%). Quanto ao comportamento sexual, apenas uma pequena parte usa proteção contra ISTs no primeiro encontro sexual com outras mulheres (8,4%) e a principal justificativa para esse comportamento foi o desconhecimento de métodos eficazes e acessíveis. Quanto ao ato sexual, 38,9% fazem uso de brinquedos, mas apenas 42,37% destas usam condom nos equipamentos. No sexo oral, quase a totalidade não fazem uso de nenhuma proteção (96,04%). CONCLUSÃO: Observa-se que apesar de origens distintas, em um ponto todas elas se unem: a dificuldade para exercer uma vida sexual segura e mais discutida pela sociedade. Diante da vulnerabilidade desta população, estudos mais robustos devem ser realizados e utilizados para a elaboração de estratégias para minimizar os riscos da contração de ISTs neste grupo.

Referência(s)