
A Comunidade Quilombola Bom Jardim da Prata em São Francisco/Minas Gerais e os conflitos socioambientais relacionados com o rio São Francisco e imediações
2021; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS; Volume: 19; Issue: 02 Linguagem: Português
10.46551/rc24482692202120
ISSN2448-2692
AutoresAmaro Sérgio Marques, Brenda Melo Bernardes, Alessandro Borsagli,
Tópico(s)Environmental Sustainability and Education
ResumoO Rio São Francisco perpassa pela Mesorregião do Norte de Minas/MG e contribui para sobrevivência e perpetuação de comunidades tradicionais que ocupam suas imediações. O Norte de Minas concentra uma pluralidade de povos tradicionais que dependem do rio para desenvolvimento de suas atividades cotidianas e para sobrevivência, dentre esses povos, destaca-se a Comunidade Quilombola Bom Jardim da Prata, que ocupa uma área rural situada no município de São Francisco. Não obstante, apesar da importância que o Rio São Francisco desempenha na região, têm sido frequentes os impactos socioambientais decorrentes de disputas territoriais e usos predatórios de seus recursos naturais, sobretudo por parte de fazendeiros e grandes empresas, que almejam benefícios econômicos, o que dificulta as ações de manejo sustentável. Assim, define-se como objetivo principal deste artigo analisar os conflitos socioambientais provenientes da relação estabelecida entre comunidades tradicionais e agentes econômicos com o Rio São Francisco. Como procedimentos de pesquisa, adota-se a abordagem qualitativa, com ênfase na consulta às fontes bibliográficas provenientes de teses, dissertações e artigos que tratam dessa temática, produção de mapeamentos e análise crítica oriunda de pesquisa de campo. Como reflexões, destaca-se que o uso indiscriminado dos recursos naturais nas imediações do Rio São Francisco para atender aos interesses econômicos de grandes empresas, associado aos conflitos territoriais travados entre comunidades tradicionais, fazendeiros, sitieiros e grandes empresas vinculadas ao agronegócio, têm resultado em impactos ambientais, bem como, na dificuldade de sobrevivência das comunidades tradicionais e de perpetuação de seus saberes.
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