Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Questões metodológicas relacionadas com a análise de televisão

2008; Brazilian National Association of Graduate Programs in Communication; Volume: 8; Linguagem: Português

10.30962/ec.v8i0.123

ISSN

1808-2599

Autores

Arlindo Machado, Marta Lucía Vélez,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Enquanto filmes e romances são unidades relativamente discretas, os programas de televisão são objetos muito mais diversificados, quando não mais complexos e, nesse sentido, mais difíceis de analisar. Nos anos 1970, Raymond Williams questionou o conceito “estático” e “abstrato” de programa, considerando que em todos os sistemas de radiodifusão desenvolvidos o modo mais característico de organização é o da seqüência ou fluxo. Acrescente-se a isso ainda a dificuldade primeira de saber o que é um programa de televisão. Uma partida de futebol simplesmente transmitida ao vivo é um trabalho de televisão ou um “serviço” de distribuição? Para alguns, tudo o que vemos numa pequena tela eletrônica é televisão, mesmo quando feito fora dos estúdios de televisão. Para outros, mais radicais, tudo nas sociedades contemporâneas é feito para a televisão, inclusive as decisões políticas dos governos, as cerimônias oficiais e o terrorismo. Por fim, em toda análise televisiva há sempre uma diferença entre a metalinguagem (discurso verbal) e a linguagem objeto (programa de televisão), o que significa que um texto crítico jamais poderá dizer toda a verdade sobre seu objeto.

Referência(s)
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