Artigo Acesso aberto

TERRAS INDÍGENAS, PROPRIEDADE COMUM E MANEJO DA BIODIVERSIDADE: uma comparação Brasil – Guiana Francesa

2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 4; Issue: 9 Linguagem: Português

10.5216/ag.v4i9.9391

ISSN

1982-1956

Autores

Geoffroy Filoche, Vincenzo Lauriola,

Tópico(s)

French Urban and Social Studies

Resumo

O século XX marcou mudanças significativas no campo jurídico na relação entre Estado Nacional brasileiro e povos indígenas. Durante a Cúpula da Terra de 1992, o Saber Tradicional tornou-se um ativo, tanto econômico, como cultural, então, um conhecimento pode ser utilizado por pesquisadores ou empresários fora do contexto de produção do saber. Em função disso foi criado um sistema normativo de acesso aos conhecimentos tradicionais, que regula as relações entre os indígenas e os atores que são interessados pelos saberes locais. Porém, o que esta em jogo nem sempre é o que esta definido nas leis. Neste artigo abordar-se-á o potencial político do conceito de Saber Tradicional entre os índios Karajá de Aruanã (Goiás), e as implicações do seu uso em termos de relações territoriais. O saber tradicional pode ser invocado tanto para afirmar uma unidade social quanto para apoiar divisões comunitárias. Neste sentido, a proteção e a utilização concreta do patrimônio imaterial dos Karajá parecem ser secundarizadas em relação com os rearranjos políticos e as disputas pelo poder.

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