Avaliação da qualidade de vida: comparação entre idosos institucionalizados, hospitalizados e residentes na comunidade
2020; Volume: 2; Issue: s.1 Linguagem: Português
10.22563/2525-7323.2017.v2.s1.p.19
ISSN2525-7323
AutoresYohanna Ramires, Helena Hiemisch Lobo Borba, Vinícius Lins Ferreira, Flávia Moreno Alves de Souza, Benilda Luiza Klingelfus, Kariane Costa Silva de Oliveira, Priscila Del Pilar Arriagada Gajardo, Roberto Pontarolo,
Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoIntrodução: Os idosos representam uma população heterogênea, em que há predomínio de doenças crônico-degenerativas com diferentes impactos sobre a qualidade de vida (QV). Tratar pessoas com características singulares exige competências, preparo e capacitação específica das equipes profissionais para atender estes indivíduos nos diversos níveis de atenção, seja atenção primária a saúde, instituições de longa permanência para idosos ou hospitais especializados. Assim sendo, a preocupação em proporcionar um envelhecimento digno e com QV tornou-se um pensamento constante entre gestores e profissionais da saúde. Objetivo: Avaliar e comparar a QV de idosos atendidos por diferentes instituições de cuidado. Métodos: Pesquisa quantitativa, com propósito descritivo, analítico e corte-transversal. A QV foi avaliada em três grupos de idosos atendidos em diferentes instituições, sendo elas o G1 - Unidade Básica de Saúde (UBS), G2 - Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e G3 - hospital especializado. Tal avaliação foi realizada através dos instrumentos desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) denominado WHOQOL-Bref, que avalia QV geral, e WHOQOL-Old, para QV específica do idoso. Os grupos foram comparados entre si por meio de ANOVA e Kruskal-Wallis. Os instrumentos foram aplicados mediante entrevista face-a-face, no período de janeiro a agosto de 2016. As análises estatísticas foram realizadas com o software Statistica®, versão 10. Resultados: Participaram do estudo 282 idosos, sendo 94 em cada grupo. Nos grupos G1 e G2 houve predomínio do sexo feminino, sendo a idade média dos participantes 79,01 (DP±7,64) e 83,36 (DP±7,75) anos, respectivamente. Já no G3, a idade média foi de 78,72 (DP±7,16) anos, com um maior número de representantes do sexo masculino (53,19%). A média do escore do WHOQOL-Bref foi 67,58 para o G2, 51 para G3 e 119 para o G1. Quanto aos valores obtidos pelo WHOQOL-Old, a média foi 54,32 para G2, 50,12 para G3 e 104,38 para G1. Calculou-se, também, a soma dos escores, denominada de QV-total, sendo estes 121,9 para o G1, 103,25 para o G2 e 224 para o G3. Ao compararmos entre si os grupos, obtemos os valores de p<0,01 para os escores do WHOQOL-Bref, p = 0,03 para WHOQOL-Old e p<0,01 para QVTotal. Conclusão: Os resultados mostraram diferença estatisticamente significativa entre todos os grupos. O menor valor foi entre idosos hospitalizados, que relacionaram os baixos escores à falta de autonomia para a realização de atividades diárias dentro da instituição. A maior média foi observada entre os residentes em comunidade e corresponde a, aproximadamente, o dobro da observada em institucionalizados. Estes achados indicam que estar inserido no contexto da comunidade e amparado diretamente por amigos e familiares aumenta a assimilação de uma melhor QV e, por sua vez, a eficácia do cuidado.
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