FELIZMENTE HÁ LUAR! : A DIALÉCTICA ENTRE O PODER E O POVO
1975; Liverpool University Press; Volume: 52; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1080/1475382752000352235
ISSN1469-3550
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoClick to increase image sizeClick to decrease image size Notes 1Raul Brandão, 1817, A Conspiração de Gomes Freire (Rio de Janeiro 1922). 2Por exemplo'a execução precede a sentença’ (267). Por outro lado ‘não deixaram subir a sentença até ao rei, como era costume antiquíssimo e até lei para Gomes Freire. (A pena de morte não se executa nos reos militares de coronel para cima sem se dar parte a El-Rei)’ (269). 3Frei Diogo de Mello e Meneses, o confessor de Gomes Freire, dizia dele: ‘se ha santos, Gomes Freire é um deles’ (304 e em Felizmente há Luar!, 149). D. Miguel Forjaz, numa carta do próprio dia 18 de Outubro (data da execução de Gomes Freire) ao Intendente Geral da polícia diz: ‘he verdade que a execução se prolongará pela noite, mas felizmente há luar.’ (304 e em Felizmente há Luar!, 155). 1Luís de Sttau Monteiro, Felizmente há Luar! terceira edição (Lisboa 1962), 75. (Esta peça ainda não foi representada em Portugal). 2 Enciclopédia Verbo, fascículo 14 primeira edição (Lisboa s.d.). 1O teatro épico de Brecht frisa a função do teatro como um elemento importante na luta política: ‘We need a theatre which does not merely make possible the emotions, insights and impulses allowed by the relevant field of human relationship in which the action occurs, but one which utilises and produces thoughts and feelings which themselves play a part in altering the field.’ (Bertold Brecht, citado em Brecht de Ronald Gray [Londres 1961], 71). 1É apropriado dar aqui uma amostra do estilo bombastico de um antigo ministro do Estado Novo: ‘O corpo da patria nao se cinge, com efeito, aos pontos vitais a que mais presa se encontra pelos laços da historia, a fundaçao, a consolidaçao ou expansHo de nacionalidade; ao lado dos lugares sagrados, nele cabe toda a terra portuguesa, desde o agro que o lavrador devotadamente amanha, os rios de margens sinuosas em cujas Aguas mansas os poetas do romantismo beberam muitas vezes os motivos da sua inspiraçao literaria, esta paisagem doce, variada, bucolica, que vai do Minho ao Algarve, sob um céu am1 que tao profundos sulcos gravou na alma do português, até aos grandes centros industriais que como fontes promissoras de riqueza, trabalho e progresso, podem constituir no futuro o mais solido fundamento da real independência do pais.’ (Discurso do ministro da Justiça, Professor Antunes Varela. [O Século, Lisboa, 29 de Março 19651].)
Referência(s)