What is the role of beta-blockers in a contemporary treatment cohort of patients with acute coronary syndrome? A propensity-score matching analysis
2018; Elsevier BV; Volume: 37; Issue: 11 Linguagem: Português
10.1016/j.repce.2017.11.022
ISSN2174-2049
AutoresAna Teresa Timóteo, Sílvia Aguiar Rosa, Madalena Coutinho Cruz, Rita Ilhão Moreira, Ramiro Carvalho, Maria Lurdes Ferreira, Rui Cruz Ferreira,
Tópico(s)Cardiac, Anesthesia and Surgical Outcomes
ResumoThe evidence for beta-blocker use in patients after acute coronary syndrome (ACS), particularly in those with left ventricular (LV) dysfunction, dates from the late 1990s. We aimed to assess the role of beta-blockers in a contemporary population of patients with ACS. Propensity-score matching (1:2) was performed for the use of beta-blockers in a population of consecutive patients admitted to our department with ACS. After matching, 1520 patients were analyzed. Cox regression analysis was used to assess the impact of beta-blocker use on the primary outcome (one-year all-cause mortality). Patients who did not receive beta-blockers were less aggressively treated with other pharmacological and invasive interventions and had higher one-year mortality (20.3% vs. 7.5%). Beta-blocker use was an independent predictor of mortality, with a significant relative risk reduction of 56%. The other independent predictors were age, diabetes, LV dysfunction, heart rate, systolic blood pressure and creatinine on admission. The impact of beta-blockers was significant for all classes of LV function, including patients with normal or mildly reduced ejection fraction. In a contemporary ACS population, we confirmed the benefits of beta-blocker use after ACS, including in patients with normal or mildly to moderately impaired LV function. A evidência para a utilização dos bloqueadores-beta em doentes após síndrome coronária aguda (SCA), particularmente em doentes com disfunção ventricular esquerda (VE) é do final dos anos 90. Foi nosso objetivo analisar o papel dos bloqueadores-beta numa população contemporânea de doentes com SCA. Foi realizado emparelhamento de score de propensão (1:2) para a utilização de bloqueadores-beta numa população consecutiva de doentes admitidos no nosso serviço por SCA. Após emparelhamento, foram analisados 1520 doentes. Foi utilizada a análise de regressão de Cox para avaliar o impacto da utilização dos bloqueadores-beta na mortalidade de todas as causas a um ano de seguimento. Os doentes que não receberam bloqueadores-beta foram tratados de forma menos agressiva com outras intervenções farmacológicas e invasivas e tiveram maior mortalidade a um ano (20,3% versus 7,5%). A utilização de bloqueadores-beta foi preditor independente de mortalidade com redução significativa do risco relativo de 56%. Os restantes preditores independentes foram a idade, diabetes, disfunção VE, frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e creatinina na admissão. O impacto dos bloqueadores-beta foi significativo em todas as classes de função VE, incluindo doentes com fração de ejeção normal ou ligeiramente reduzida. Numa população contemporânea de doentes com SCA, confirmámos os benefícios da terapêutica bloqueadora-beta após SCA, incluindo em doentes com função VE normal ou com compromisso ligeiro a moderado.
Referência(s)