Artigo Revisado por pares

Compromisso e inovação teórica no ensino da Astronomia em Portugal no século XVII: o contributo de Cristóvão Bruno

1998; Volume: 54; Issue: 2 Linguagem: Português

10.17990/rpf/1998_54_2_0247

ISSN

2183-461X

Autores

Maria Paula Lourenço,

Tópico(s)

Historical and Literary Studies

Resumo

Resumo O presente artigo propõe-se avaliar o contributo do jesuíta Pe Cristóvão Bruno, para o conhecimento das teorias de Copémico e de Galileu no quadro dos estudos astronómicos universitários do século XVII. Ao abrir as portas da cultura portuguesa às novas aquisições cosmológicas europeias, Cristóvão Bruno, colocou o nosso país ao nível das preocupações científicas do século XVII, posicionando-se, por outro lado, na linha de continuidade do empirismo científico dos Descobrimentos. Mas ultrapassa-o. Defendendo as teses cosmológicas de Tycho Brahe, Bruno opta por uma solução de compromisso teórico, que permita conciliar a tradição astronómica com as mais recentes propostas da Astronomia seiscentista. Aproveitando da teoria de Copémico o que era conciliável com os seus critérios de verdade e refutando com prudência o sistema ptolomaico, este padre jesuíta divulgou em Portugal uma terceira hipótese do mundo, seguida por astrónomos e cosmógrafos até ao século XVIII.

Referência(s)
Altmetric
PlumX