Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Long-term prognosis of patients with Brugada syndrome and an implanted cardioverter-defibrillator

2015; Elsevier BV; Volume: 34; Issue: 6 Linguagem: Inglês

10.1016/j.repce.2015.06.001

ISSN

2174-2049

Autores

Hélder Dores, Katya Reis Santos, Pedro Adragão, Francisco Moscoso Costa, P Galvao Santos, Pedro Carmo, Diogo Cavaco, Francisco Bello Morgado, Miguel Mendes,

Tópico(s)

ECG Monitoring and Analysis

Resumo

Risk stratification of Brugada syndrome (BrS) remains controversial and recommendations for an implantable cardioverter-defibrillator (ICD) are not well established. The objective of this study was to assess the long-term prognosis of BrS patients with an ICD. Of 55 consecutive patients with BrS assessed between April 2002 and October 2012, 36 (mean age 41.7±13.8 years; 81.8% male) underwent ICD implantation. Nineteen (52.8%) were asymptomatic, 11 (30.6%) had previous history of syncope (arrhythmic cause suspected in eight) and six (16.7%) had aborted sudden cardiac death (SCD). Spontaneous type 1 electrocardiographic (ECG) pattern was present in 25 (69.4%) patients and electrophysiological study (EPS), performed in 26 (72.2%), was positive in 22 (84.6%). During a mean follow-up of 74±40 months (>5 years in 72% of cases), seven (19.4%) patients had appropriate shocks (annual event rate 2.8%). These patients most frequently had aborted SCD (54.1% vs. 6.9%; p=0.008) and nonsustained ventricular tachycardia (57.1% vs. 10.3%; p=0.016) during follow-up. Spontaneous type 1 ECG pattern, syncope and positive EPS were not significantly associated with appropriate shocks. Multivariate analysis revealed that aborted SCD was an independent predictor of appropriate shocks (HR 8.07, 95% CI 1.58–41.2; p=0.012). ROC curve analysis demonstrated that aborted SCD had moderate discriminatory power to predict appropriate shocks (AUC 0.751), with sensitivity of 57% and specificity of 93%. In terms of ICD-related complications, eight (22.2%) patients had inappropriate shocks during the follow-up period, mainly due to sinus tachycardia (five patients); one patient had lead infection and another had a lead fracture. In this population of BrS patients with ICD, the long-term rate of appropriate shocks was 2.8%/year. Aborted SCD was associated with a higher risk of appropriate shocks, whereas syncope and spontaneous type I ECG pattern did not predict this event. A estratificação de risco na síndrome de Brugada (SB) permanece controversa e as recomendações para cardiodesfibrilhador (CDI) não estão bem definidas. O objetivo deste estudo foi avaliar o prognóstico a longo prazo de doentes com SB e CDI implantado. De 55 doentes consecutivos com SB avaliados entre abril/2002-outubro/2012, 36 (idade média 41,7±13,8 anos; 81,8% homens) implantaram CDI. Dezanove (52,8%) eram assintomáticos, 11 (30,6%) tinham história de síncope (oito com suspeita de causa arrítmica) e seis (16,7%) foram reanimados de morte súbita (MS). O eletrocardiograma (ECG) com padrão tipo 1 espontâneo estava presente em 25 (69,4%) doentes e foi realizado estudo eletrofisiológico (EEF) em 26 (72,2%), sendo positivo em 22 (84,6%). Durante o período de seguimento médio de 74±40 meses (>5 anos em 72% dos casos), sete (19,4%) doentes tiveram choques apropriados (incidência anual 2,8%). Estes doentes tinham mais frequentemente história de MS abortada (54,1 versus 6,9%; p=0,008) e taquicardia não mantida (57,1 versus 10,3%; p=0,016) durante o seguimento. Padrão ECG tipo 1 espontâneo, síncope e EEF positivo não se associaram significativamente à ocorrência de choques apropriados. Em análise multivariada a MS abortada manteve-se preditor independente de choques apropriados (HR 8,07 IC95% 1,58-41,2; p=0,012). Em análise de curvas ROC a MS abortada apresentou um poder discriminatório moderado para predizer choques apropriados (AUC 0,751) – sensibilidade 57% e especificidade 93%. Relativamente às complicações relacionadas com o CDI, oito (22,2%) doentes tiveram choques inapropriados durante o período de seguimento, sobretudo por taquicardia sinusal (cinco doentes), um infeção de elétrodo e outro fratura de elétrodo. Na população estudada de doentes com SB e CDI implantado a incidência de choques apropriados foi 2,8%/ano. A MS abortada associou-se a um maior risco de choques apropriados, enquanto a síncope e o padrão de ECG tipo 1 espontâneo não foram preditores deste evento.

Referência(s)