
Análise socioeconômica de produtores familiares de caprinos e ovinos no semiárido Cearense, Brasil
2013; University of Córdoba; Volume: 63; Issue: 241 Linguagem: Português
10.21071/az.v63i241.559
ISSN1885-4494
AutoresJ. L. de S. Farias, M. R. A. de Araújo, A. R. Lima, F. S. F. Alves, L. S. Oliveira, Henrique Antunes de Souza,
Tópico(s)Sustainable Agricultural Systems Analysis
ResumoO objetivo deste estudo foi caracterizar e descrever sob o ponto de vista social e econômico os sistemas de produção das unidades familiares que utilizam a caprinocultura e a ovinocultura como atividades pecuárias no sistema de produção familiar no Estado do Ceará, Brasil. Os dados foram coletados a partir de 120 entrevistas com agricultores familiares produtores de caprinos e ovinos durante o ano de 2008, por meio de um questionário que apresentava aspectos sociais, econômicos, ambientais e produtivos. Para o estabelecimento da tipologia foram utilizadas técnicas estatísticas multivariadas (análise fatorial pelo método de componente principal) e, em seguida, utilizou-se a análise de agrupamento não hierárquico para a identificação de grupos homogêneos e caracterização da amostra das propriedades familiares. Foram identificados quatro grupos (I, II, III e IV) de famílias que utilizam os pequenos ruminantes como componentes em seus sistemas de produção. As famílias identificadas nos grupos II e III apresentaram como principal fonte de renda as atividades relacionadas ao uso da terra e as dos grupos I e IV demonstraram a fonte externa como componente central de suas finanças. O tamanho médio dos estabelecimentos familiares foi de 47,2 hectares (ha). Dos entrevistados 75,8 % se consideraram alfabetizados e 93,3 % estavam envolvidos com alguma forma de associativismo. Os sistemas de produção utilizados pelos agricultores familiares eram di-versificados, em relação às atividades exercidas pela família no meio rural. As atividades agropecuárias exercidas nas propriedades estiverem relacionadas com a garantia de produção de alimentos para o autoconsumo familiar e para o acesso a mercados locais. A heterogeneidade no uso da terra implicou em diferentes estratégias para adequar a realidade local, reflexo das dinâmicas internas e externas à propriedade, com consequências à reprodução social familiar.
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