Conflito religioso e simbolismo arquitetônico na Antiguidade tardia: o ataque aos templos pagãos segundo Libânio de Antioquia

2015; Volume: 1; Issue: 27 Linguagem: Português

10.17074/cpc.v1i27.148

ISSN

1676-3521

Autores

Gilvan Ventura da Silva,

Tópico(s)

Classical Antiquity Studies

Resumo

O processo de cristianização do Império Romano dependeu, em larga medida, de ações de enfrentamento dos cristãos contra os adeptos do paganismo e do judaísmo, cujos lugares e monumentos não apenas experimentaram um processo de dessacralização, mas foram amiúde alvo de saques e depredações. Nesse sentido, os ataques aos edifícios greco-romanos e judaicos, tanto em termos simbólicos quanto em termos materiais, foram uma das marcas distintivas da própria cristianização, que não raro comportou episódios de coerção e de violência contra indivíduos e artefatos, decerto, mas também contra lugares e monumentos. Tendo em vista essas considerações, pretendemos, neste artigo, investigar a maneira pela qual o assunto é tratado por Libânio na Oratio 30 (Pro templis), elaborada por volta de 386. Dirigindo-se a Teodósio, o sofista o exorta a adotar uma atitude de tolerância em matéria de religião e a preservar as instituições pagãs, em especial os templos de Antioquia, submetidos a assaltos rotineiros por parte<br />dos monges sírios.

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