
Vidal de la Blache historiador
2014; Couffy-sur-Sarsonne; Volume: 21; Linguagem: Português
10.4000/confins.9757
ISSN1958-9212
Autores Tópico(s)European Political History Analysis
ResumoEste artigo procura situar o geógrafo Vidal de la Blache (1845-1918) num “lento” processo de institucionalização da geografia, em fins do século XIX e início de XX, e na transição de Vidal de la Blache da posição de historiador para a posição de geógrafo. Seus trabalhos sobre o Mediterrâneo são especiais para os nossos objetivos, dado que eles atravessam toda a carreira de Vidal de la Blache, inclusive no papel de historiador. Lidamos com os pressupostos metodológicos de uma história social das idéias, que se manifesta em nossa tentativa de estabelecer a relação de Vidal com intelectuais fora e dentro do campo da geografia. Também recorremos ao recurso de uma história das permanências e das continuidades para esta reconstituição histórica, perspectiva metodológica que nos levou à consideração de que, para evitar anacronismos, seria preciso observar que Vidal de la Blache não deixou de ser historiador ao se tornar geógrafo. A formação original de Vidal de la Blache como historiador na Escola Normal e na Escola de Atenas, e as relações subsequentes que manteve com os historiadores (mesmo já reconhecido como geógrafo), marcaram a formação e a carreira de Vidal de la Blache. Dessa confluência, surgiu uma concepção original de tempo geográfico. É esta noção que procuramos caracterizar e definir como uma ferramenta metodológica importante para os estudos de Geografia Humana e, notadamente, para o geógrafo de campo.
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