Artigo Acesso aberto Produção Nacional

JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO 2020: PARA ALÉM DO ESPETÁCULO MIDIÁTICO, O REFORÇO DAS DESIGUALDADES

2021; Issue: V13N2 Linguagem: Português

10.36692/v13n3-4

ISSN

2178-7514

Autores

Carlos Henrique Prevital Fileni, Braúlio Nascimento Lima, Klebson da Silva Almeida, Gustavo Celestino Martins, Leandro Borelli de Camargo, José Ricardo Lourenço de Oliveira, Marcelo Francisco Rodrigues, Adriano de Almeida Pereira, L. Silió, Ricardo Pablo Passos, Guanis de Barros Vilela,

Tópico(s)

Physical Education and Sports Studies

Resumo

Introdução: Encerrados os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020/2021 mais uma vez constatou-se o mesmo cenário que, apesar do discurso oposto e oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI), talvez as olimpíadas não sejam inclusivas como prega o ideário dos gestores do evento. Soma-se a isso a recorrente politização da mesma, com boicotes e punições a países com claros vieses, onde alguns são punidos e outros não. Esse cenário reforça a percepção de que para além de um grande negócio, os esportes olímpicos podem ser o maior evento midiático de exclusão do mundo. Objetivos: 1) realizar a estatística descritiva dos países medalhistas nas Olimpíadas de Tóquio; desenvolver e comparar dois algoritmos de machine learning para classificar o IDH dos países em função das medalhas obtidas. 2) refletir sobre a natureza segregatória e ideológica do maior evento esportivo midiático da sociedade líquida. Métodos: Os dados foram coletados nas publicações do COI, sendo considerados os países medalhistas. Os algoritmos com os classificadores que utilizam a regressão linear e a árvore de decisão foram desenvolvidos em Python 3.1. Foi utilizado o software SPSS(R) 26.0, para os cálculos da estatística descritiva, sendo p<0,05. Resultados: Países com maiores IDHs tendem a obter maior número de medalhas; mas isso não é uma regra geral. Os algoritmos desenvolvidos mostraram forte associação entre IDH e número de medalhas, podendo auxiliar no desenvolvimento de estratégias de gestão olímpicas mais eficientes, ou seja, aquelas onde o dinheiro público para as Olimpíadas seja mais investimento do que gasto. Conclusão: O Brasil pode melhorar seus resultados em olimpíadas à medida que investir em políticas públicas aplicadas na escola básica, na saúde e promovendo a qualidade de vida de sua população, assim, sendo um belo exemplo para o mundo.

Referência(s)