Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Entre a pistis e o logos

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português

10.34024/herodoto.2021.v6.13911

ISSN

2448-2609

Autores

Gilvan Ventura da Silva,

Tópico(s)

Classical Antiquity Studies

Resumo

Neste artigo, temos por objetivo refletir sobre a aproximação entre a pistis (crença) e o logos (razão) que começa a se aprofundar na época imperial, em boa parte devido ao trabalho de autores como Fílon de Alexandria e Nigídio Fígulo, quando ambos passam a colocar a filosofia a serviço da religião, tendência que se afirmará no decorrer dos séculos posteriores até encontrar a sua forma mais bem acabada em Jâmblico, um filósofo neoplatônico que se notabilizará não apenas como filósofo, mas também como hierofante e, mais que isso, como teurgo, ou seja, feiticeiro. Por esse motivo, talvez não seja exagero afirmar que, no pensamento de Jâmblico, filosofia e religião praticamente se confundem, num momento em que os deuses ancestrais de gregos, romanos, egípcios, fenícios e tantos outros povos eram alvo de severos ataques desferidos pelos cristãos, que buscavam instaurar um novo mundo depurado da “impiedade” pagã.

Referência(s)