Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Memórias de imperadores vivos, orações fúnebres e preces em suf´rágio para os príncipes falecidos

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português

10.34024/herodoto.2021.v6.13937

ISSN

2448-2609

Autores

Rita Lizzi Testa,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Prece pelos príncipes falecidosA leitura dos nomes dos falecidos durante a missa, recomendada por Cipriano especialmente em referência aos que morreram pela fé (Cypr.Epp.XII.2; I.2), era uma prática difundida durante o século IV, na convicção de que a prece beneficiava as almas (Cyr.Cath.myst.V.8).A isso alude Agostinho, lembrando que, além dos nomes dos mártires, também os das virgens falecidas eram recitados no altar (August.Virg.46),além de fazer votos para que os leitores das Confessiones mencionassem os nomes de sua mãe e de seu pai durante a missa (August.Conf.IX.37).Em nenhum autor, porém, há referências a possíveis preces em sufrágio de príncipes falecidos.Ambrósio, portanto, foi o primeiro a mencionar os nomes de alguns imperadores durante a missa.Pronunciando a oração fúnebre para Valentiniano II, durante uma cerimônia solene em Milão, antes de 22 de agosto de 392, 7 Ambrósio não só rezou pelo jovem recém-falecido, mas por todos os membros falecidos da domus imperial.Graciano foi introduzido primeiro no funeral, representado com os braços voltados para Deus, enquanto homem de oração, e depois apertados em torno de seu irmão, a fim de que o mesmo não fosse retirado dele novamente (De obitu Valent.54).É ainda Graciano, em seguida, quem convida o jovem a segui-lo ao paraíso, recitando as palavras do Cântico dos Cânticos (De obitu Valent

Referência(s)