
O que se sabe sobre interação parasitária no Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) na Bacia do Baixo Rio Grande
2022; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 11; Issue: 7 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v11i7.30214
ISSN2525-3409
AutoresPaulo Ricardo da Silva Camargo, Ronielson Gaia da Silva, Newton P. U. Barbosa, Antônio Valadão Cardoso, Paulo Santos Assis, Afonso Pelli,
Tópico(s)Aquatic Invertebrate Ecology and Behavior
ResumoO Limnoperna fortunei é um bivalve exótico invasor com alta capacidade reprodutiva e distribuição geográfica. Mesmo após, três décadas de sua introdução em águas sul-americanas, conhecimentos sobre interações ecológicas como parasito/hospedeiro para a espécie ainda são escassas na literatura. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar a presença de potenciais parasitos no mexilhão dourado na Bacia do Baixo Rio Grande. A inspeção parasitária se deu por duas etapas, a primeira ocorreu por meio de dissecação de 1.000 exemplares de L. fortunei oriundos de quatro trechos do Rio Grande, onde inspecionou-se as demibrânquias interna e externa, o manto, gônadas e o pé. A segunda etapa, ocorreu por meio de fotoestimulação (1 lâmpada halógena 60W, 1 lâmpada fluorescente branca morna de 20 W e 1 lâmpada fluorescente branca fria de 20 W) onde foram expostos 100 moluscos, distribuídos em quatro espécies, L. fortunei, C. fluminea, M. tuberculata e um único representante nativo P. Canaliculata. Não houve registro de parasito no bivalve exótico L. fortunei dissecados e fotoestimulados. Sendo esses resultados estendidos para as outras duas espécies exóticas C. fluminea, M. tuberculata. O registro de cercárias foi observado apenas em um exemplar da espécie nativa P. Canaliculata tendo uma prevalência parasitária inferior a 1%. Diante desses resultados, pode-se inferir que: a ausência de parasito nos moluscos exóticos e presença em nativo, pode ser um indicativo de algum nível de relação com a hipótese de efeito de diluição. Esta parte da premissa que a pressão parasitária é diluída frente a uma diversidade de hospedeiros e a hipótese de libertação do inimigo na qual sugere que espécies exóticas deixam para trás os seus inimigos naturais.
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