Sensibilidade de populações de Mycosphaerella fijienses e M. Musicola a triazóis em bananais de regiões produtoras no Estado de São Paulo / Sensitivity of Mycosphaerella fijienses and M. Musicola populations to triazoles in banana plantations in producing regions in São Paulo State
2022; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 6 Linguagem: Português
10.34117/bjdv8n6-046
ISSN2525-8761
AutoresFélix Sebastião Christiano Júnior, Abimael Gomes da Silva, Tatiane Carla Silva, Lucas Matheus de Deus Paes Gonçalves, Paulo Cézar Ceresini,
Tópico(s)Agricultural and Food Sciences
ResumoAs sigatokas negra (Mycosphaerella fijiensis, Mf) e amarela (M. musicola, Mm) são as doenças foliares mais destrutivas da bananeira no Brasil. Os fungos produzem grande quantidade de esporos sexuados e assexuados, com alta variabilidade genética e alta capacidade evolucionária nas populações. Os fungicidas Inibidores de desmetilação de esterol (DMIs) estão entre os mais comumente utilizados para o controle destas doenças, e a pressão de seleção pelo uso contínuo tem levado à seleção de populações resistentes. Devido à importância destas doenças para as regiões produtoras de banana no Brasil, é urgentemente necessário o conhecimento sobre o nível de sensibilidade de Mf e Mm a fungicidas inibidores de desmetilação de esterol (DMIs). O conhecimento prévio dos cenários de resistência a fungicidas em regiões e áreas produtoras de banana do país poderá ser usados para orientar os produtores a adotarem estratégias anti-resistência. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi analisar a sensibilidade de populações de Mycosphaerella spp. a fungicidas DMIs. A resistência dos isolados foi determinada com base nos valores de EC50 para o fungicidas DMI/triazóis amplamente utilizados: tebuconazol e propiconazol. As populações de patógenos utilizadas em nosso estudo são oriundas do Vale do Ribeira e do Noroeste de São Paulo. O Vale do Ribeira representa a maior produção de banana do estado, predominando o plantio das variedades Prata e Nanica, onde são feitas em torno de 8 a 12 aplicações anuais de fungicidas, principalmente azoles. No Noroeste paulista foi coletada uma área plantada de agricultura familiar, sem aplicação de fungicidas. A região de maior aplicação de fungicida (Vale do Ribeira) apresentou maior quantidade de isolados resistentes, tanto para propiconazol quanto para tebuconazol. Quanto à amostragem de espécies, a Mycosphaerella fijiensis foi encontrada apenas no Vale do Ribeira e a M. musicola apenas no Noroeste Paulista. No entanto, em ambas as populações apresentam elevado risco de se tornarem insensíveis aos DMIs avaliados.
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