
O papel ativo de mulheres rappers negras e indígenas na produção de contranarrativas na América Latina
2022; School of Communications and Arts of the University of São Paulo; Volume: 15; Issue: Especial Linguagem: Português
10.11606/extraprensa2022.194025
ISSN2236-3467
AutoresAna Luísa Melo Ferreira, Yoná dos Santos,
Tópico(s)Music History and Culture
ResumoNascido na Jamaica do século XX e migrado para os Estados Unidos nos anos 70, o rap se estabeleceu como uma contranarrativa de jovens negros, latino-americanos e caribenhos. À margem das instituições e representações políticas oficiais, os grupos de rap buscavam denunciar estereótipos aos quais estavam submetidos e criavam consciência política em seus ouvintes. Fortemente influenciados pela cultura da oralidade, propunham, por meio de suas letras, formas ativas e potentes de sobrevivência em territórios violentos e segregados. É o que fazem, hoje, mulheres negras e indígenas ao se apoderarem do gênero musical para revelar suas dores e compartilhar suas lutas diante de estruturas de poder que silenciam suas identidades e subjetividades. Deste modo, este trabalho busca estudar como artistas latino-americanas fazem uso do rap com o seu potencial emancipatório, para trazer à esfera pública problemáticas invisibilizadas, mas que afetam grande parte da população feminina indígena e negra.
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