
Notas sobre o conceito de prazer em Epicuro
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA; Volume: 22; Issue: 2 Linguagem: Português
10.31977/grirfi.v22i2.2803
ISSN2178-1036
Autores Tópico(s)Organic Chemistry Synthesis Methods
ResumoO presente artigo tem por objetivo examinar a noção de prazer (hedoné) enquanto télos da vida feliz (makários zén) em Epicuro. Compreendido como bem primeiro (agathòn prôton) e inerente ao ser humano, o prazer é apresentado como o princípio e o fim último (archê kai télos) da vida feliz. Com efeito, convém destacar que não são os prazeres do vulgo (os quais consistem no gozo imoderado dos sentidos) que Epicuro considera como télos da vida feliz, mas o prazer que é ausência de sofrimentos no corpo e na alma, o qual é nomeado por Epicuro de prazer catastemático (hedoné katastematiké) ou prazer estático/em repouso. São, neste sentido, duas as preocupações que orientam o presente trabalho: i) a de apresentar o prazer como télos da vida feliz; ii) a de expor o sentido estrito que o conceito de prazer assume na filosofia (especialmente na ética) epicurista, atentando-se para a distinção entre prazer em movimento e prazer em repouso. O presente estudo está pautado sobretudo em passagens da epístola a Meneceu, em algumas Máximas Principais e Sentenças Vaticanas, textos em que Epicuro expõe os fundamentos do seu hedonismo, bem como nos testemunhos de discípulos tardios, como Tito Lucrécio Caro, Diógenes Laércio e Diógenes de Enoanda.
Referência(s)