Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Ciclos de produção de <i>Pinus taeda</i> L. com mais de 30 anos: uma alternativa para obtenção de madeira para usos sólidos e estruturais

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 32; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5902/1980509842430

ISSN

1980-5098

Autores

Magnos Alan Vivian, Mário Dobner, Karina Soares Modes, Ugo Leandro Belini, Douglas Rufino Vaz,

Tópico(s)

Wood Treatment and Properties

Resumo

Plantios de Pinus spp. são a base de uma importante atividade econômica na região do planalto sul do Brasil, onde são cultivados em ciclos de produção com cerca de 15 anos de duração. O objetivo do estudo foi avaliar as características físico-mecânicas e anatômicas da madeira de Pinus taeda L. obtida em povoamentos com idades superiores a 30 anos, em comparação com aquela atualmente disponível no mercado, com idade próxima a 15 anos, visando avaliar seu potencial para produção de madeira de alta qualidade para usos sólidos e estruturais. Além disso, avaliaram-se também aspectos produtivos e econômicos de plantios de Pinus taeda com mais de 30 anos de idade. Para isso, foram utilizadas árvores de Pinus taeda provenientes de dois plantios, com idades de 15 e 43 anos e, deste último, amostrada apenas a madeira produzida a partir dos 30 anos, de forma a caracterizar a madeira juvenil e adulta, respectivamente. Concluiu-se que a madeira adulta, obtida de árvores com >30 anos, apresenta valores superiores de densidade, dimensões de traqueídes, coeficiente de retratibilidade volumétrica (porém com menor coeficiente de anisotropia), módulo de elasticidade e módulo de ruptura à flexão estática, em comparação à madeira juvenil, obtida em árvores com 15 anos. Levando-se em consideração a habilidade frente ao ensaio de flexão estática, a madeira com >30 anos pode ser indicada para usos que explorem seu maior desempenho mecânico e estrutural, compatível com Araucaria angustifolia de idades entre 25 e 58 anos. Ciclos de produção com duração superior a 30 anos são viáveis economicamente e podem ser uma opção de manejo interessante, visando acessar mercados específicos nos quais a qualidade da madeira para usos sólidos e estruturais poderia ser ainda mais bem remunerada.

Referência(s)