Práticas de feitiçaria no Brasil Estudo de caso de duas feiticeiras acusadas no Grão-Pará no Século XVIII
2022; Universidad del Norte, Colombia; Issue: 47 Linguagem: Português
10.14482/memor.47.364.18
ISSN1794-8886
Autores Tópico(s)Colonialism, slavery, and trade
ResumoEste artigo tem objetivo de esmiuçar e refletir sobre as Práticas Rituais de duas mulheres acusadas de feitiçaria na região do Grão-Pará setecentista. Visa a uma análise mais aprofundada sobre as práticas mágicas de cura – consideradas pela Inquisição como feitiçaria – e a formação de uma cul-tura muitas vezes negada e demonizada pela visão europeia. As mulheres consideradas feiticeiras foram alvos de perseguições e personagens ativas na História do Grão-Pará (Brasil) no Período Co-lonial, o que contribuiu para a formação de uma nova identidade (múltipla) cultural na colônia. Para tal, a análise será realizada através dos documentos inquisitoriais sobre Ludovina Ferreira e da índia Sabina. Esses documentos são relativos à Visitação do Santo Ofício da Inquisição ao local entre os anos 1763-1769, e estão sob a guarda do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), em Lisboa (Portugal), mas foram digitalizados e estão disponíveis no site da Instituição. A análise toma fôlego através do conceito de Cosmohistória, desenvolvido pelo historiador mexicano Nava-rrete Linares, que visa reconhecer a existência de diversas historicidades multipolares e interco-nectadas. Para a análise da documentação utilizaremos o método Paradigma Indiciário do histo-riador italiano Carlos Ginzburg, que é uma categoria de investigação mais minuciosa, baseada em detalhes e indícios. E, por fim, utilizaremos o método comparativo para traçar aproximações e distanciamentos entre os casos.
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