Artigo Acesso aberto Revisado por pares

A CONDIÇÃO HETEROGÊNEA DA FORMAÇÃO DISCURSIVA E A FRAGMENTAÇÃO DA FORMA-SUJEITO: UM SUJEITO “DIVIDIDO” ENTRE AS QUESTÕES IDEOLÓGICAS E A CIÊNCIA

2022; Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO); Issue: 25 Linguagem: Português

10.51951/ti.v12i25.p155-164

ISSN

2236-7403

Autores

Rubiamara Pasinatto,

Tópico(s)

Linguistics and Language Studies

Resumo

Este estudo toma como aporte teórico-metodológico a Análise de Discurso Francesa, e parte do pressuposto de que uma formação discursiva (FD) tem fronteiras porosas, o que possibilita o atravessamento de saberes e nos permite dizer que a FD pode ser lugar de igualdade, mas também pode abrigar a diferença e a contradição. A partir disso, amparados em Indursky (2008), propomos um deslocamento de algumas questões teóricas, principalmente naquilo que tange à fragmentação da forma-sujeito da FD, o que implica admitir que assim como a formação discursiva, a forma-sujeito também é heterogênea, isto é, abriga a diferença e a ambiguidade em seu interior. Em consequência disso, a forma-sujeito é espaço para várias posições-sujeito, as quais vão se delineando conforme há distanciamento dos saberes que organizam a posição-sujeito dominante. Diante dessa perspectiva, pautados nesta possibilidade de deslocar a teoria, este artigo tem o objetivo analisar as contradições e tensionamentos discursivos presentes em uma declaração do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Em específico, o corpus está relacionado ao episódio no qual, sem saber que a reunião do Conselho Federal de Saúde Suplementar estava sendo transmita via internet, Ramos declarou ter sido imunizado para a Covid-19, embora não era a orientação, conforme o próprio ex-ministro revelou.

Referência(s)