Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Pós-colonial e pós-conciliar: 50 anos do Conselho Indigenista Missionário em defesa dos povos indígenas

2022; Volume: 10; Issue: 16 Linguagem: Português

10.7213/cd.a10n16p76-89

ISSN

2595-8208

Autores

Paulo Suess, José Agnaldo Gomes,

Tópico(s)

Religion and Society in Latin America

Resumo

Em vez de assumir a moratória da pastoral indigenista proposta pelos antropólogos em Barbados (1971), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), fundado em 1972 e orientado pelo Concílio Vaticano II, mostrou que a compatibilidade entre presença missionária e defesa dos povos indígenas corresponde a uma lógica interna e a um reforço recíproco entre Evangelho e prática missionária. Nos 50 anos de sua presença entre os povos indígenas, o Cimi assumiu a sua proposta missionária concomitantemente como projeto político em defesa da causa indígenaatravés da ruptura com o projeto colonial e de questionamentos ao projeto desenvolvimentista. Nesse contexto, os martírios de Rodolfo Lunkenbein, Simão Bororo e Marçal Guarani não foram simples gestos heroicos, mas sinais escatológicos de uma fé encarnada em busca de sua autenticidade histórica e força profética de resistência.

Referência(s)
Altmetric
PlumX