Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

retorno da opção preferencial pelos pobres

2022; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

10.25247/2595-3788.2022.v5n1.p136-150

ISSN

2595-3788

Autores

Ney de Souza, Tiago Cosmo da Silva Dias,

Tópico(s)

Religious and Theological Studies

Resumo

O desejo de uma Igreja dos Pobres sobrevém do Concílio Vaticano II (1962-1965), que ao inserir na Igreja a categoria da historicidade, libertou-a de um certo imobilismo institucional. O Concílio afirmou que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (GS 1). Na América Latina, essa concepção foi amadurecida com a opção preferencial pelos pobres, afirmada em Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007). Desta última conferência, o então cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco, foi o presidente da comissão que redigiu o documento final. Desde 2013, eleito bispo de Roma, Francisco tem procurado levar sua experiência de Igreja latino-americana para a Igreja Universal, renunciando a símbolos e títulos que expressam poder, e não serviço, e demonstrando simplicidade nas maneiras de ser e de agir, reafirmando constantemente o seu desejo de uma “Igreja pobre para os pobres”. A finalidade deste artigo é demonstrar alguns dos aspectos e a atualidade da opção preferencial pelos pobres à luz do pontificado em curso, fazendo-se, ao mesmo tempo, uma recessão do que esta escolha representa para a igreja latino-americana.

Referência(s)