Artigo Acesso aberto Revisado por pares

O significado poético das fontes nas Argonáuticas de Apolônio de Rodes

2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 10; Issue: 1 Linguagem: Português

10.25187/codex.v10i1.53273

ISSN

2176-1779

Autores

María Natalia Bustos,

Tópico(s)

Classical Antiquity Studies

Resumo

Este artigo estuda o significado metapoético das três fontes que aparecem nas Argonáuticas, a de Jasão e a de Hilas, no livro I, e a de Héracles, no livro IV. Propõe ser necessário relacioná-las, tendo-se em conta a posição de cada uma delas no poema. A fonte de Hilas simboliza a forte dependência das Argonáuticas da poesia homérica: Hilas sucumbe na fonte, como os imitadores de Homero não logram se desvincular de seu modelo. A segunda fonte, a de Jasão, indica o caminho que os argonautas devem tomar para criar sua própria obra, marcado pela piedade em relação aos deuses e a inovação quanto ao material homérico. Este caminho poético se alinha aos princípios da poética calimaqueana. Finalmente, a terceira fonte, a de Héracles, mostra como os argonautas alcançaram sua própria identidade poética, graças a seu próprio esforço, mas sempre reconhecendo e honrando Homero como inspiração. Esta inspiração poética é representada na figura de Héracles.

Referência(s)