Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A transnacionalidade terapêutica antroposófica Brasil-Suíça: uma Bildung decolonial?

2022; Instituto de Estudos da Religião; Volume: 42; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/0100-85872021v42n1cap09

ISSN

1984-0438

Autores

Raquel Littério de Bastos, Marcelo S. Mercante, Pedro Paulo Gomes Pereira,

Tópico(s)

Indigenous Studies in Latin America

Resumo

Resumo: Mais da metade das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) oferecidas no SUS são estrangeiras. Importadas de outros continentes, elas foram moldadas em diferentes culturas com distintas concepções de corpo, saúde, doença e cura. No fluxo dessas terapias, a Antroposofia apresenta uma transnacionalidade que, a priori, absorvia as práticas terapêuticas europeias, adaptando-as às questões culturais e climáticas, mas também produzia e exportava terapias originalmente brasileiras para a Europa, em um movimento contrário, do Sul para o Norte Global. Promotora de uma bildung nos indivíduos, a Antroposofia busca um forjar a si mesmo como um mote terapêutico. Este artigo reflete sobre essa transnacionalidade terapêutica portadora de um projeto de bildung e se este seria decolonial, rompendo com a lógica e o prestígio europeu.

Referência(s)