Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O cinema contra-colonial Huni Kuin: a face velada do colonialismo

2022; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 47; Linguagem: Português

10.1590/1982-2553202255913

ISSN

1982-2553

Autores

Marcos Aurélio Felipe,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Resumo Este artigo aborda as perspectivas pós-coloniais do cinema sobre os povos originários, com foco na pragmática fílmica de reversão histórica Huni Kuin do realizador Zezinho Yube. O objetivo é analisar os regimes imagéticos pós-coloniais, do filme etnográfico e do cinema indígena, como contranarrativas à história oficial e as redes de silenciamento da agência nativa. O estudo é fundamentado na crítica pós-colonial, nos estudos de cinema e na perspectiva antropológica. A desconstrução dos regimes imagéticos oficiais de silenciamento da presença indígena na história resulta de uma pragmática fílmica de reversão de categoriais coloniais, que, sob a autogestão dos processos e produtos fílmicos, converge para o mesmo campo: quem filma, quem é filmado e o que é filmado, desenvolvendo, assim, um cinema originário contra-colonial.

Referência(s)