
Persistência da sífilis como desafio para a saúde pública no Brasil: o caminho é fortalecer o SUS, em defesa da democracia e da vida
2022; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 38; Issue: 5 Linguagem: Português
10.1590/0102-311xpt069022
ISSN1678-4464
Autores Tópico(s)Global Maternal and Child Health
ResumoA Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que, apesar dos avanços da prevenção e tratamento no escopo da estratégia global do setor saúde para HIV, hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) para 2016-2021, persistiram críticos problemas (mesmo antes da pandemia por COVID-19) que podem comprometer o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 1,2 .Em 2021, a 74 a Assembleia Mundial da Saúde aprovou a necessidade de novas estratégias de enfrentamento para 2022-2030 1 .Um dos grandes desafios para alcance do controle tem sido implementar ações de atenção à saúde integradas à vigilância e controle, com garantia de acesso a diagnóstico, tratamento e monitoramento na atenção primária à saúde (APS) 2,3 .No Brasil, é inequívoca a persistência da sífilis como problema de saúde pública, diante da limitação de acesso a diagnóstico e tratamento adequados na rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS) 3,4 .O desafio se amplia no atual momento político-institucional pelas mudanças desestruturantes da APS mediante novas modalidades de financiamento do SUS 5 .Esse novo modelo tem sido aprofundado desde a promulgação da Emenda Constitucional n o 95 em 2016, que limitou por 20 anos gastos públicos em contexto de crises sem precedentes e de austeridade 5,6 .Abre-se, portanto, espaço para desconstrução da universalidade no SUS 5,6 gerando, além da limitação de acesso, ampliação de desigualdades, com impactos no controle da sífilis.Dados do Ministério da
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