
Fatores associados à descontinuidade no uso de métodos contraceptivos após a vivência de um abortamento
2022; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 43; Linguagem: Português
10.1590/1983-1447.2022.20200484.pt
ISSN1983-1447
AutoresAna Luíza Vilela Borges, Carolina Cavalcante da Silva Ale, Christiane Borges do Nascimento Chofakian, Osmara Alves Viana, Eveline do Amor Divino, Elizabeth Fujimori,
Tópico(s)Maternal and Perinatal Health Interventions
ResumoRESUMO Objetivos: Analisar os fatores associados à descontinuidade no uso de método contraceptivos após a vivência de um abortamento. Método: Estudo transversal, conduzido com 111 mulheres de 18-49 anos, usuárias de Unidades Básicas de Saúde de São Paulo/SP, Aracaju/SE e Cuiabá/MT, que relataram abortamento nos cinco anos anteriores às entrevistas realizadas entre 2015-2017. Utilizou-se Kaplan-Meier e regressão de Cox para análise dos dados. Resultados: Os métodos mais utilizados foram o contraceptivo hormonal oral, preservativo masculino e injetáveis. A taxa de descontinuidade contraceptiva foi 41,8% nos 12 meses. A pílula foi o método mais abandonado (58,3%); o preservativo masculino aquele que mais falhou (72,7%); e injetáveis os mais trocados (50,0%). Ter até 24 anos de idade, mais de 10 anos de escolaridade, três ou mais filhos e querer esperar mais para engravidar associaram-se a descontinuar o uso dos métodos contraceptivos após o abortamento. Conclusão: Após o abortamento, as mulheres usaram predominantemente métodos contraceptivos de curta duração. O tipo de descontinuidade, abandono, troca ou falha, variou conforme o método usado. Os fatores associados à descontinuidade contraceptiva foram a idade, a escolaridade, a paridade e a intenção reprodutiva.
Referência(s)