INVEJA E CORPO FECHADO NO MARACATU DE BAQUE SOLTO PERNAMBUCANO
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 11; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/2238-38752021v11311
ISSN2238-3875
Autores Tópico(s)Social Representations and Identity
ResumoResumo Os membros dos grupos de maracatu de baque solto da Zona da Mata norte pernambucana sentem-se particularmente expostos na época do carnaval a vários tipos de doenças causadas pelo “olho grande” dos invejosos. Daí a necessidade de práticas defensivas nos planos simbólico e estético. Para brincar o carnaval sem se arriscar é necessário fechar o próprio corpo, o que, nesse contexto significa torná-lo protegido, poderoso, saudável, invencível, não vulnerável ou susceptível aos ataques das entidades negativas despertadas pelo olho grande de rivais e inimigos. Nesse artigo argumento que a vivência emocional dos brincantes de maracatu é profundamente ligada a essa maneira de conceber o corpo durante o carnaval. Um corpo diferente do ordinário, suscetível, permeável a presenças e ataques de entidades invisíveis.
Referência(s)