
Madame Bovary (em cordel); Bola de Sebo (em cordel) e A Dama das Camélias (em cordel): transposições de perfis femininos em cordel
2021; Volume: 12; Issue: 1 Linguagem: Português
10.13102/lm.v12i1.6255
ISSN2177-0344
Autores Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoInserida na esfera da literatura popular, “como sinônimo de poesia popular em versos” (PINHEIRO; LUCIO, 2001, p.11), a literatura de cordel aborda temas relacionados à tradição nordestina, a narrativas trazidas da península ibérica, à história, à vivência de seu autor, à tradução de obras clássicas da literatura mundial, entre outros. De modo geral, a poesia de cordel se estrutura através de três pilares: métrica, rima e oração, podendo ser composta em quadras, sextilhas, setilhas ou décimas, em redondilha maior e rimas soantes. É respeitando esta convenção e, de acordo com os pilares dos gêneros discursivos de Bakhtin (1992) – estrutura composicional, tema e estilo –; a Literatura Comparada segundo Béssière (2011); a teoria da transtextualidade de Genette (1982); a intertextualidade de Samoyaut (2008), entre outros, que apresentamos este trabalho de leitura comparada acerca da dialogia das narrativas francesas: La Dame aux camélias (1848/1981), de Dumas fils; Madame Bovary (1856/1961), de Gustave Flaubert; e Boule de Suif (1880/2004), de Guy de Maupassant, com suas transposições para a Literatura de Cordel: A Dama das Camélias ou Armando e Margarida (2018), de Evaristo Geraldo, Madame Bovary em cordel (2008/2019), e Bola de Sebo (2018), de Stélio Torquato Lima, especialmente no que concerne à composição dos perfis das protagonistas: Emma Bovary, Marguerite Gautier e Elisabeth Rousset. Espera-se que este trabalho possa contribuir para o desvendamento de especificidades concernentes à ampliação dos temas das obras de partida, ao seu imbricamento em decorrência da tradução para um gênero carregado de valores culturais (romance de cordel), que traz em sua estrutura composicional e em sua temática a essência da brasilidade.
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