Síndrome de lemierre: síntese das principais evidências clínicas
2021; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
10.37497/ijhmreview.v7i1.230
ISSN2526-1606
AutoresIsabela T. P. Cardoso, Gustavo Manprim,
Tópico(s)Streptococcal Infections and Treatments
ResumoIntrodução: A Síndrome de Lemierre (SL) se origina como uma complicação de infecções bacterianas na orofaringe. A doença apresenta associação com sepse e choque séptico em pacientes jovens e saudáveis, podendo evoluir para óbito se não diagnosticada e tratada rapidamente. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura recente buscando sintetizar as principais evidências clínicas relacionadas à Síndrome de Lemierre. Método: A seleção dos trabalhos foi realizada no dia 06 de dezembro de 2020. A base de dados utilizada na busca foi a PUBMED, com o emprego da seguinte estratégia: "lemierre's syndrome"[title]. Dos 17 artigos inicialmente selecionados, um foi eliminado por discutir a SL relacionada especificamente ao trauma, e outro que indicava uma publicação provavelmente retratada pelos autores, que não se encontrava disponível para consulta. Conclusões: O diagnóstico de SL é feito geralmente com o auxílio de tomografia computadorizada cervical ou torácica na identificação de trombos, ressonância magnética na identificação dos trombos venosos, e hemocultura para a identificação dos microrganismos causadores. Sobre o tratamento, embora não existam diretrizes definidas para SL, a administração prolongada de antibióticos intravenosos é essencial, sendo por vezes necessários procedimentos cirúrgicos. A terapia anticoagulante para tratamento dos trombos depende da situação, visto que existem divergências quanto à sua utilidade. Sobre os esquemas farmacoterapêuticos, Fusobacteria necrophorum (FN) geralmente é susceptível à penicilina, clindamicina, metronidazol e cloranfenicol, e sugere-se que seu uso seja realizado em conjunto com um inibidor de beta-lactamase. Já Gemella bergeri (GB) e Eikenella corrodens (EC) foram reativas à meropenem, clindamicina e vancomicina, e Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) foi suscetível à cefazolina (que também pode ser aplicada à FN).
Referência(s)