Diagnósticos de enfermagem em puérpera usuária de cocaína diagnosticada com sífilis

2021; Linguagem: Português

10.5327/dst-2177-8264-202133p305

ISSN

2177-8264

Autores

Maísa Leitão de Queiroz, Lívia Karoline Torres Brito, Raquel Silveira Mendes, Edglesy Carneiro Aguiar, Juliana Sampaio Santos, Morgana Boaventura Cunha, Luana Duarte Wanderley Cavalcante, Raquel Ferreira Gomes Brasil, Lívia de Paulo Pereira, Vanessa da Frota Santos,

Tópico(s)

Syphilis Diagnosis and Treatment

Resumo

Introdução: A sífilis caracteriza-se por ser estigmatizada culturalmente por estar associada a grupos como usuários de drogas. Objetivo: Identificar os diagnósticos de enfermagem em puérpera usuária de cocaína diagnosticada com sífilis. Métodos: Trata-se um estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado em abril de 2021 em Fortaleza (CE). Utilizou-se o North American Nursing Diagnosis Association para constatar os diagnósticos de enfermagem, aprovado pelo comitê de ética, sob número 1.899.089. Resultados: N.J.B., 26 anos, sexo feminino, usuária de cocaína, não realizou pré-natal, G2P2NA0, no 5º dia pós parto vaginal, laceração grau II, hipertensão arterial sistêmica e/ou síndrome hipertensiva específica da gravidez interrogadas, inserção de dispositivo intrauterino de cobre, teste rápido reagente para sífilis, Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas 1:64. O parceiro não realizou tratamento para sífilis. Ao exame físico, paciente apresentou-se em bom estado geral, hidratada, normocorada e com puerpério fisiológico. Aceitou dieta via oral. Conciliou ciclo de sono-vigília. Mama ingurgitada à esquerda e flácida à direita. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes. Abdome flácido, útero contraído a 3 cm acima da cicatriz umbilical, com loquiação fisiológica e boa cicatrização da laceração. Membros inferiores sem edema ou cianose, panturrilhas livres. Paciente evoluiu clinicamente estável, com melhora da pressao arterial após início de anlodipino. Negava sinais de iminência de eclâmpsia e referiu ter realizado tratamento para sífilis há seis anos. Paciente segue sob os cuidados de enfermagem. A partir das informações, constataram-se os diagnósticos de enfermagem: comportamento de saúde propenso a risco, autonegligência relacionada a abuso de substância, risco de vínculo prejudicado, risco de infecção relacionado a alteração na integridade da pele e doença crônica, risco de pressão arterial instável. Conclusão: A maioria dos diagnósticos de enfermagem constatados classificam-se como de risco e estão relacionados com o abuso de substâncias. Ademais, percebe-se que o levantamento dos diagnósticos propicia o desenvolvimento de intervenções humanizadas e fidedignas.

Referência(s)