
IMPLICAÇÕES DA IMPLANTAÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO AMAZONAS
2020; Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português
10.26694/equador.v9i3.10423
ISSN2317-3491
AutoresGean Magalhães da Costa, Hemili Vitória do Carmo Pimentel, Maria Madalena de Aguiar Cavalcante,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoAs unidades de conservação - UCs objetivam a preservação e a conservação dos territórios naturais a nível mundial. No Brasil, especificamente na bacia hidrográfica do rio Amazonas, há um número considerável destes territórios. Em contrapartida, há a expansão da construção de usinas hidrelétricas - UHEs nesta mesma bacia, o que ameaça as áreas de proteção. O objetivo deste trabalho é identificar a concentração de usinas hidrelétricas nas bacias formadoras do rio Amazonas, as UCs vulneráveis às intervenções de usinas hidrelétricas e as possíveis redefinições dos limites das UCs nas bacias hidrográficas dos Tapajós, Madeira e Paru. A área de estudo do presente artigo é composta pelas UCs e UHEs que estão localizadas nas bacias hidrográficas conjugadas do rio Amazonas. A obtenção dos dados ocorreu a partir das localizações das UHEs e UCs nos limites das bacias hidrográficas do rio Amazonas, por meio dos bancos de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, do Instituto do Meio Ambiente - MMA e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Os resultados obtidos revelam que das 13 bacias hidrográficas conjugadas do rio Amazonas, as bacias Tapajós, Madeira e Paru são as que apresentam a maior quantidade de usinas hidrelétricas, bem como o maior número de unidades de conservação próximas a essas usinas, caracterizando assim esses territórios como suscetíveis à redefinição de seus limites. Dessa forma, é possível concluir que é crescente a instalação de usinas hidrelétricas nas bacias hidrográficas conjugadas formadoras do rio Amazonas e que além dos impactos sociais e ambientais que estas obras de infraestrutura ocasionam, comprometem as três bacias, atingindo diretamente as unidades de conservação, descaracterizando-as e afetando as funções pelas quais foram criadas, revelando, assim, uma sobreposição dos interesses econômicos aos interesses ambientais.
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