
CONSOLIDAÇÃO DAS NOVAS CENTRALIDADES EM TERESINA (PI): uma análise das academias de condicionamento físico na zona leste de Teresina
2019; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português
10.26694/equador.v8i1.8962
ISSN2317-3491
AutoresPaulo Henrique de Carvalho Bueno, Carlos Sait Pereira de Andrade,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoObjetiva-se analisar a espacialização dos estabelecimentos fechados voltados para o condicionamento físico – academias, as quais se constituem em elementos que consolidam as novas áreas de centralidades –, na zona Leste de Teresina, particularmente em seus bairros mais centrais: Fátima, Jóquei e São Cristóvão. Argumenta-se que ao longo do processo de estruturação urbana teresinense, foi nessa zona que se ergueu a maior valorização do uso e ocupação do solo urbano, a qual, desde a década de 1990, tem ensejado produções espaciais que dinamizam a centralidade intraurbana das atividades comerciais e de serviços. A pesquisa se baseia em revisão bibliográfica, documental e de campo. Constatou-se que a zona Leste, segundo CREF PI/MA (2018), possui 82 estabelecimentos de condicionamento físico (31,3% do total da capital), dentre os quais, o Jóquei possui 14 unidades, Fátima, 13 e São Cristóvão 13, um total de 40. Verificou-se, também, que as academias do bairro Fátima se espraiam principalmente pela Avenida Elias João Tajra e proximidades. As do Jóquei se localizam no entorno do shopping Riverside, enquanto que as do São Cristóvão são mais dispersas no perímetro do bairro. Flagra-se, também, o surgimento de serviços complementares aos de academias, as lojas especializadas na venda de suplementos alimentares, particularmente no bairro Fátima (6 estabelecimentos) e Jóquei (4 estabelecimentos). De fato, a constituição das novas centralidades exercidas pelos espaços em análise revela que são variados os seus constituintes como fonte de atração e geração de fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capital. Com efeito, a discussão das academias de condicionamento físico encerram uma dessas faces de (re)produção do espaço urbano diferenciado social e economicamente, o que revela o caráter desigual de uso e apropriação da cidade.
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