Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Há tão pouco a dizer: deslocamentos da memória em Dias felizes e Hamlet

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.58967/caletroscopio.v7.n1.2019.3828

ISSN

2318-4574

Autores

Gleydson André da Silva Ferreira,

Tópico(s)

Theatre and Performance Studies

Resumo

Em Dias felizes, de Samuel Beckett, Winnie transforma-se subjetivamente. Enterrada em um deserto inóspito, cujo tempo parece suspenso, ela procura refúgio em si mesma. Contudo, está fadada ao fracasso, bem como à repetição incessante. Em meio ao mundo estático, sua subjetividade alterna-se, porém. No primeiro ato, Winnie apresenta-se forçosamente otimista, para em seguida, no segundo ato, entregar-se ao completo desalento. De uma transformação a outra, não só se modifica o estado de ânimo da protagonista, como também há um rearranjo de suas memórias. No presente estudo, discute-se os deslocamentos da memória em Dias felizes. Mais especificamente, o modo como as transformações subjetivas afetam consigo o registro do passado. A fim de melhor entender o fenômeno da corrosão subjetiva em cena, o drama Dias felizes é comparado a Hamlet, de William Shakespeare. Logo, este artigo analisa fenômenos da memória, resultantes das modificações incessantes que as personagens dramáticas sofrem no decorrer do tempo.

Referência(s)